A Petrobrás anunciou nesta quarta-feira (11) que assinou o contrato para a construção da nova unidade de produção de diesel S-10 na Replan, maior refinaria da empresa, localizada em Paulínia (SP). A investimento será de US$ 458 milhões e a expectativa é de criação de 6 mil postos de trabalho – 3 mil diretos e outros 3 mil indiretos. A inauguração da fábrica está prevista para 2025.
O contrato foi assinado com o Consórcio Toyo Setal HDT Paulíniaformado pelas empresas TSE e TOYO, e a instalação da nova unidade significará uma mudança no refino de diesel da Replan – além de expandir a produção de querosene de aviação.
O diesel S-500, utilizado em máquinas agrícolas e que corresponde a 47% do diesel atualmente fabricado, deixará de ser produzido. Todo o maquinário da nova planta e da existente será voltado para a produção de diesel S-10, com produção aumentando até 2026.
“O diesel é nosso principal derivado e a Replan se caracteriza por uma unidade que possui uma produção de diesel bastante expressiva no mercado atual no Brasil”, afirmou Rogério Daisson, gerente geral da Replan.
Paulínia concentra a maior produção de diesel do país, mas as adaptações também serão aplicadas nas refinarias da Reduc, no Rio de Janeiro (RJ), e na Revap, em São José dos Campos (SP).
Em relação às vagas de emprego, inicialmente previstas em 3.000, o Petrobrás afirmou que serão gerados em empresas contratadas pela multinacional para realizar a construção.
No futuro, quando a nova unidade de refino estiver em operação, há possibilidade de geração de mais empregos para a força de trabalho operacional, informou o gerente geral.
“Depois que a unidade estiver em operação, novas oportunidades de trabalho também surgirão, pois a unidade deve passar por um processo de manutenção e conservação.”
Atualmente, a Replan emprega um total de 3.300 pessoas, entre servidores públicos e terceirizados.
Petrobras replaneja refinaria, em Paulínia (SP) — Foto: Júlio Cesar Costa/g1
hidrotratamento de diesel
A nova unidade investirá em hidrotratamento (HDT), que gera hidrogênio a partir de um forno de 1.300 graus e 130 toneladas de vapor por dia, para remover contaminantes do combustível, como o enxofre, e reduzir os impactos ao meio ambiente. .
O S-10 é um combustível com teor de enxofre inferior ao S-500, e terá cerca de 10 milhões de litros produzidos por dia com a nova plantarelatou Replan. A nova unidade agregará a estrutura em operação, ampliando a capacidade de produção de combustíveis da Replan para 34 mil m³/dia.
A mudança também permitirá o aumento da produção de querosene de aviação (QAV), mas a quantidade produzida dependerá das necessidades do mercado.
Rogério Daisson, gerente geral da Replan, mostra o diesel S-10, foco de produção da refinaria da Petrobras nos próximos anos — Foto: Júlio César Costa/g1
Investimento em inteligência artificial
Além do investimento na unidade de hidrotratamento (HDT, outros US$ 90 milhões serão investidos pela Petrobrás na Replan com foco em inteligência artificial, melhorando a eficiência energética e aumentando a disponibilidade operacional. O programa é chamado RefTOP. No total, o investimento da empresa no Paulínia entre 2022 e 2025 supera US$ 500 milhões.
“São investimentos que visam principalmente a eficiência de nossas operações, do ponto de vista energético e operacional, e a confiabilidade de nossas operações”, explicou Daisson.
Um exemplo é a aplicação de sensores de monitoramento para o melhor desempenho das tochas de queima de gás – uma das etapas das unidades de refino e produção – e também o uso de drones para realizar tarefas com maior segurança, como manutenção de torres.
“Um dos focos do RefTOP é tornar-se comparável aos melhores do mundo em termos de desempenho energético”, acrescentou. Considerando as demais refinarias do Brasil, o investimento total neste programa será de US$ 300 milhões.
A Replan, maior refinaria de petróleo da Petrobras, está localizada em Paulínia (SP) — Foto: Júlio César Costa/g1
maior refinaria do PetrobrásA Replan tem capacidade para processar 69 mil m³ de óleo por dia, o equivalente a 434 mil barris, e atende 30% do território brasileiro.
A planta produz derivados como gasolina, diesel, querosene de aviação, gás liquefeito de petróleo (GLP, gás de cozinha), óleo combustível, asfalto, propeno e bunker, entre outros.
a produção de Paulínia é enviado para os seguintes locais:
- Interior de São Paulo – recebe a maior parte da produção, 55%
- Sul de Minas
- Triângulo de Mineração
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Rondônia
- Acre
- Goiás
- Brasília DF)
- Tocantins